Quase sem esperança!
O que vai ficar para nossos filhos,
quem sabe!
Um planeta inabitável
onde nenhum verde terá,
nenhuma flor se abrirá.
Um céu coberto de nuvens,
sem brilho,
ácidas, escuras,
incontroláveis,
fumaça, escuridão,
e um mar maltrapilho.
E com seus olhos verão,
no lugar de água,
areia e pó.
E o homem só.
Em nome do poder, do dinheiro,
da ganância e desamor,
se destrói o que de bom temos,
e veremos,
se vão suportar o calor.
Nada mais fica em pé,
tudo é derrubado,
tudo cai por terra,
e quase se perde a fé,
pois quem assim erra,
não tem amor.
Cadê as praças,
os bancos na sombra,
Pois mais uma árvore tomba,
e os pássaros sem ninho,
na míngua pelos rotos caminhos,
fenecem,
entristecem,
e seu canto,
sem esperança,
gritam por uma aliança,
com o homem, a natureza,
e a criança.
Perceberá muito tarde,
Ó homem!
Que dinheiro não se come.
É só tristeza!